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Direitos Humanos

ONG protesta contra assassinatos de pessoas trans levando 144 cruzes à praia de Copacabana

Visibilidade Trans
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Nanna Pôssa
29/01/2017 - 18:01
Rio de Janeiro

Cento e quarenta e quatro cruzes pretas foram colocadas na praia de Copacabana neste domingo em homenagem as pessoas transsexuais assassinadas. O protesto fez parte da agenda do Dia Nacional de Visibilidade Trans, comemorado hoje (29).

 

Levantamento da Rede Trans Brasil mostra que, no ano passado, 144 travestis, mulheres e homens trans foram mortos. A ONG identificou também 52 casos de tentativa de homicídio, 12 suicídios e 54 violações de direitos humanos.

 

De acordo com a presidenta da Rede Trans Brasil, Tathiane Araújo, como faltam dados oficiais, o dossiê foi feito com base em notícias de jornais e casos apurados pela organização. Para Tathiane, o principal motivo da violência é a exclusão social.

 

A coordenadora-geral de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Marina Reidel, diz que o número de denúncias ao Disque 100, com vítimas LGBT, cresceu cerca de 60% de 2015 para 2016. Mas faltam dados sobre pessoas trans.

 

A corretora de imóveis Adriana Souza coordenadora da Rede Trans, no Rio, diz que foi difícil sair da prostituição e conseguir um emprego e até hoje tem medo de agressões.

 

O programador Cauã Cintra diz que um dos principais temores de homens trans é ser vítima de estupro quando vai a um banheiro público.

 

O dossiê elaborado pela rede Trans Brasil com número de mortes relacionadas com a transfobia será divulgado nesta segunda-feira (30). O documento também será entregue no Rio de Janeiro a representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA).

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