"Tá Pirando, Pirado, Pirou" desfila no Rio com mensagem contra manicômios
Carnaval é diversão, mas também pode ser conscientização. Há 13 anos, o Bloco Tá Pirando, Pirado, Pirou desfila pelas ruas da Urca, no pré-carnaval do Rio de Janeiro, levando a mensagem da luta antimanicomial.
Este ano, o tema do desfile foi Augusto Boal, que homenageia o criador do Teatro do Oprimido, uma das metodologias utilizadas em centros de saúde mental para permitir a expressão dos pacientes.
O bloco é formado por profissionais e usuários do Instituto Philippe Pinel, do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro e dos centros de atenção psicossocial da zona sul do Rio.
Ao longo do ano, os ensaios e a confecção das fantasias e adereços também são usados como oficinas terapêuticas. Aparecida Lopes é porta-bandeira do bloco há três anos e diz que sempre espera ansiosa pelos desfiles.
No meio do desfile estão muitas fantasias e cartazes que fazem referência à luta pelo fim dos manicômios. Eduardo Vasconcelos aproveitou o tema do bloco e foi fantasiado junto com a mulher, Denise, de teatro do comprimido.
Durante 12 anos o bloco recebeu patrocínio de uma empresa, mas o apoio foi suspenso em 2017 e o desfile só foi mantido graças à uma campanha virtual para arrecadar dinheiro de apoiadores.