Seminário sobre autismo vai discutir temas como sexualidade, mercado de trabalho e autonomia
Começa nesta terça-feira (19), no Centro de Convenções, o II Seminário Nacional sobre Autismo. Organizado pelo Movimento Orgulho Autista Brasil, o evento espera reunir, até o próximo sábado (23), 50 mil pessoas.
Na programação, debates e rodas de conversa sobre independência, educação, relacionamento, comunicação e mercado de trabalho. A diretora do movimento, Viviani Guimarães, conta que um dos temas que deve atrair atenção é como a família deve abordar a sexualidade com os adolescentes.
Sonora: “A gente acha que o deficiente não tem relações sexuais. Mas ele têm relacionamento como qualquer outro de nós.”
O transtorno do espectro autista é uma condição permanente. A criança nasce com a deficiência e os sintomas costumam aparecer antes dos 3 anos de idade. A bancária Andrea Freitas fala como percebeu os primeiros sinais do filho de Álvaro Rocha de Oliveira, hoje com 8 anos.
Sonora: “Ele demorou muito a falar e só apontava para os objetos e mostrava tudo por sinais.”
Andrea diz ainda que, no início, ficou muita angustiada com o diagnóstico do filho, mas que hoje está otimista com o futuro dele.
Sonora: “É bem difícil a gente aceitar, de primeiro, o diagnóstico. Mas, hoje em dia, é mais fácil, porque a internet facilita para pesquisar e vê que tem muitas alternativas de tratamento. A gente tem esperança que no futuro ele venha a ter uma atividade maior.”
Pessoas com autismo sofrem com estigma, discriminação e violações dos direitos humanos. A diretora Viviani reconhece que houve avanços, mas diz que ainda é preciso que a sociedade valorize o autista por quem ele é.
Sonora: “A gente já está ouvindo falar mais sobre o autismo, sabe quais são as características do autismo. Mas a gente precisa evoluir, para eles estarem participando de todo o processo.”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que o autismo afeta uma em cada 160 crianças no mundo. O II Seminário Nacional sobre Autismo vai até o próximo sábado (23), a entrada é de graça, e, apesar de as inscrições estarem encerradas, a diretora do evento afirmou que o público pode comparecer porque sempre há desistências em cima da hora, abrindo assim, novas vagas. Mais informações sobre o evento por meio do e-mail moaborgulhoautista@gmail.com