Casa da Morte de Petrópolis pode se tornar centro de referência do período da ditadura
Um acordo de cooperação entre a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos do Rio de Janeiro e a Comissão da Verdade de Petrópolis, assinado nessa terça-feira (19), pode fortalecer a reivindicação da Comissão de transformar a Casa da Morte em um centro de referência do período da ditadura.
A Casa da Morte é o nome dado a um centro clandestino de tortura criado pelos órgãos de repressão da ditadura militar brasileira (de 1964 a 1985), que funcionou em uma casa na cidade de Petrópolis, região serrana fluminense. No local, diversos presos políticos capturados foram torturados e assassinados por agentes do governo.
O acordo objetiva fazer um reforço institucional dessa comissão e auxiliá-la na elaboração do relatório final. O secretário de Direitos Humanos, Átila Nunes, acredita que o acordo também poderá fortalecer as investigações sobre o período.
A Comissão da Verdade de Petrópolis tem prazo estimado até 2018 para apresentar o trabalho final, mas, de acordo com a lei que criou a comissão, esse prazo pode ser prorrogado até 2019.
No último mês de outubro, a secretaria tornou público o acervo de documentos do relatório da Comissão Estadual da Verdade ao entregar todo o material coletado para o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, cumprindo, dessa forma, uma das exigências do relatório final da comissão, de facilitar o acesso da população aos arquivos relacionados ao período da ditadura militar.