Auditores fiscais cobram prisão de condenados pela chacina de Unaí
Após 14 anos, continuam soltos os apontados como responsáveis pelos assassinatos de três fiscais do trabalho e um motorista que apuravam denúncias de trabalho semelhante ao escravo na região do município de Unaí, em Minas Gerais.
Entre os envolvidos, tem um ex-prefeito e fazendeiros. Eles foram condenados a penas que chegam a cerca de 100 anos de prisão, mas entraram com recursos e aguardam o processo em liberdade.
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho esteve nesta semana no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, e cobrou rapidez no julgamento dos recursos para que os condenados possam cumprir a pena.
O presidente do sindicato, Carlos Silva, disse que o caso não tem um prazo para ser decidido.
Entidades que trabalham com o tema realizam nesses dias a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que coincide com o aniversário da chacina de Unaí, no próximo dia 28.
Um protesto está marcado para esta quarta-feira (24), no Tribunal Federal em Brasília para lembrar a chacina e cobrar a prisão dos condenados.
Segundo dados do Ministério Público do Trabalho, desde 1995, mais de 50 mil trabalhadores foram resgatados no Brasil. A maioria nos estados do Pará, Mato Grosso e Goiás.