Quatorze pessoas são assassinadas durante uma festa de forró em Fortaleza. O episódio já é considerado a maior chacina registada no estado do Ceará. Uma pessoa foi presa, suspeita de participação nas mortes e um fuzil apreendido.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública duas pessoas estão hospitalizadas em estado grave.
O crime ocorreu na madrugada desse sábado, no bairro Cajazeiras. Homens armados entraram em uma festa conhecida como “Forró do Gago” e atiram aleatoriamente contra as pessoas que estavam no local. Logo em seguida, o grupo fugiu de carro.
Ao ser preguntado se ação foi fruto de briga entre facções, o secretário de Segurança pública André Costa afirmou que a ação foi planejada, mas que ainda não é possível apontar a motivação do crime. Costa comparou a chacina a atos terroristas em outros países.
Mas para Luiz Fábio Paiva, professor da Universidade Federal do Ceará e pesquisador Laboratório de estudos da violência, o fato não é isolado e faz parte da disputa entre dois grandes grupos criminosos rivais.
De um lado uma aliança formada pelo Comando Vermelho e a família do norte do outro, um grupo local chamado de Guardiões do Estado apoiados pelo do Primeiro Comando da Capital.
Luiz Fábio destaca que essa já era uma tragédia prevista e critica a atuação do poder público.
Segundo o professor, as ações dos grupos criminosos atingem muito mais pessoas inocentes. Entre as vítimas que morreram no local, oito eram mulheres.
