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Direitos Humanos

Militares e polícias destroem barricadas e apreendem armas em comunidades do Rio

Segurança Pública
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Lígia Souto
24/02/2018 - 15:09
Rio de Janeiro

As Forças Armadas e as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro fizeram nesta sexta-feira (23) ações em três comunidades na zona oeste da cidade: Vila Kennedy, Vila Aliança e Coreia.

 

As três localidades são dominadas por grupos de traficantes e registram tiroteios quase diários.

 

Nas ações, os militares usaram blindados e atuaram no terreno com 3.200 agentes das Forças Armadas, além de integrantes das polícias Civil e Militar. Foram destruídas barricadas montadas por traficantes.

 

De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), 27 pessoas foram encaminhadas para delegacia, sendo um menor de idade. Houve apreensão de duas pistolas, um fuzil falso, carregadores de armas, munições, 12 carros,13 motos, oito radiotransmissores, além de grande quantidade de drogas.

 

Um dos objetivos era prender um homem suspeito pela morte de um integrante do Exército, que teve sua arma encontrada na Vila Kennedy.

 

Na ação, agentes das Forças Armadas cadastraram e tiraram fotos de pessoas durante as abordagens.

 

O Comando Militar do Leste (CML) informou que a medida é para identificar suspeitos com antecedentes criminais ou mandados judiciais, ressaltando que não há ilegalidade nesse procedimento.

 

Apesar disso, o defensor público do estado, André Castro, afirmou que esse tipo de ação não tem respaldo na Constituição.

 

Ele disse que não se pode, sem uma ordem judicial, ou sem fundada suspeita, abordar o cidadão e exigir que ele seja identificado, fotografado.

 

O defensor ressaltou que o procedimento atenta contra a liberdade individual.

 

Com informações de Vladimir Platonow, da Agência Brasil, do Rio de Janeiro, Lígia Souto.

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