Venezuelanos: força-tarefa que atua em Roraima vai construir quatro abrigos esta semana
A Força-Tarefa Logística e Humanitária que atua em Roraima terá o desafio, esta semana, de iniciar a construção de quatro novos abrigos no estado. Três em Boa Vista e um em Pacaraima. Cada abrigo poderá receber até 500 pessoas.
De acordo com a Assessoria de Comunicação do Exército, a estrutura de cada um deles segue as normas da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), e busca garantir, ainda que, em barracas, abrigo digno para os imigrantes venezuelanos, com banheiros, postos de saúde, refeitório e proteção contra variações climáticas.
Cerca de 215 militares estão envolvidos na força-tarefa em Roraima, mas a expectativa é que esse número aumente para 400 nos próximos dias. O coronel Swami Fontes fala sobre o principal desafio da operação.
Sonora: “Maior dificuldade é na parte logística. Porque muito material vem de fora. O estado não tem todas as necessidades nossas, do que precisamos. A dificuldade é o transporte terrestre, transporte aéreo.”
Pelos cálculos da prefeitura de Boa vista, cerca de 40 mil venezuelanos chegaram à cidade nos últimos meses após a crise política e econômica no país vizinho. Por dia, aproximadamente 500 venezuelanos entram no Brasil por Roraima. No fim de semana, 877 foram transferidos da Praça Simon Bolívar e imediações para dois abrigos temporários de Boa Vista.
O professor de Relações Internacionais da Universidade Federal de Roraima, João Carlos Silva, acredita que as ações de integração social são fundamentais.
Sonora: “Tirar as pessoas de uma situação de rua, vulnerável é fundamental. Mas a gente tem que pensar em outros tipos de encaminhamento, uma integração por meio do trabalho”.
Na semana passada, 233 imigrantes seguiram em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para Manaus e São Paulo. As duas cidades aceitaram apoiar o projeto de interiorização conduzido pelo Ministério da Defesa, que visa reduzir os impactos da migração nos serviços públicos de Roraima.
