Itamaraty manifesta indignação por assassinato de brasileira na Nicarágua
A brasileira Raynéia Gabrielle Lima foi morta a tiros nessa segunda-feira (23), na cidade de Manágua, na Nicarágua. Ela estudava medicina na Universidade Americana e, de acordo com o reitor da instituição, foi atingida por disparos de um grupo paramilitar. As circunstâncias ainda são desconhecidas.
O Itamaraty divulgou uma nota em solidariedade à família. No comunicado, o Ministério das Relações Exteriores também manifestou indignação e exigiu que as autoridades da Nicarágua mobilizem todo os esforços para esclarecer o crime e punir os responsáveis.
A Nicarágua vive uma crise sociopolítica, que se intensificou no mês de abril. O presidente Daniel Ortega está no poder há 11 anos e enfrenta denúncias de abuso e corrupção. Os protestos têm sofrido forte repressão. As organizações humanitárias estimam que o número de manifestantes mortos passe de 350.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos e o do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos responsabiliza o governo de Daniel Ortega por assassinatos, maus tratos, possíveis atos de tortura e prisões arbitrárias ocorridas na Nicarágua.
Com informações de Carolina Gonçalves, da Agência Brasil, da Rádio Nacional, em Brasília, Victor Ribeiro.
* Em nota, o governo da Nicarágua afirmou que as autoridades continuam as investigações para esclarecimento do acontecido.