No Tocantins, vistoria identifica superlotação, problemas de infraestrutura e falta de efetivo na Cadeia Pública de Miranorte, onde detentos fugiram na semana passada.
Superlotada, com poucos agentes prisionais, suja, sem condições sanitárias, úmida, com problemas nas instalações elétricas e hidráulicas. Foram essas as condições identificadas por representantes da Defensoria Pública do Estado (DPE) do Tocantins que vistoriaram a Cadeia Pública de Miranorte no início deste mês.
Ainda de acordo com a DPE, as celas misturam presos provisórios e condenados, primários com reincidentes, além da presença de presos com idade superior a 60 anos.
O local é o mesmo onde há pouco mais de uma semana metade dos detentos da cadeia, 18, fugiram pulando o muro da unidade. O grupo levou uma viatura do sistema penitenciário.
A cadeia tem capacidade para 12 presos, mas, antes dessa fuga, contava com 36.
Como resultado, a DPE apresentou recomendação à Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça (Seciju) pedindo providências para garantir o bom funcionamento da cadeia.
Os defensores também querem que o Corpo de Bombeiros faça uma vistoria para constatar as condições de segurança contra incêndio e pânico.
A Seciju informou que apenas cinco detentos ainda estão foragidos. A secretaria afirmou que uma equipe técnica de engenharia vem trabalhando em processos, inclusive orçamentários, de melhorias em unidades prisionais do estado.