Cerca de 71 milhões de pessoas estavam em deslocamento forçado no mundo em 2018
O Acnur, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, divulga nessa quarta-feira (19) o relatório anual Tendência Globais.
O levantamento mostra que, em 2018, quase 71 milhões de pessoas estavam em situação de deslocamento forçado em todo o mundo.
Esse número dobrou em 20 anos. Em relação a 2017, são mais 2,5 milhões em deslocamento forçado. No total, uma população semelhante a de países como Tailândia e Turquia.
No relatório, o Alto Comissariado alerta para o fato de que a estimativa é conservadora, já que não reflete os números de deslocamento após a intensificação da crise na Venezuela.
A agência da ONU estima que cerca de quatro milhões de venezuelanos saíram do país desde 2015. O lançamento marca o Dia Mundial dos Refugiados, lembrado nesta quinta-feira (20).
O porta-voz do Acnur, Luiz Fernando Godinho, acredita que o momento é de reflexão sobre a necessidade de aumentar o movimento de solidariedade global. O lançamento do relatório é uma das atividades do Dia Mundial dos Refugiados, celebrado nesta quinta-feira.
Entre as quase 71 milhões de pessoas em situação de deslocamento no mundo em 2018, 41 milhões foram forçadas a sair de suas casas, mas permaneceram dentro de seus próprios países.
Outras 30 milhões eram refugiadas, ou seja, pessoas forçadas a sair de seus países por causa de conflitos, guerras ou perseguições.
As crianças são a metade do total de refugiados.
Os principais países de origem dos refugiados são Síria, Afeganistão, Sudão do Sul, Myanmar e Somália.
