Dados da Acnur indicam que cerca de 37 mil pessoas fogem de seu país todos os dias
O sírio bdulbaset Jarour vive no Brasil há cinco anos, depois de deixar a guerra no país de origem. Ele é um refugiado, que conseguiu refazer a vida.
Assim como Abdulbaset, milhares de refugiados vivem na capital paulista. De acordo com o levantamento divulgado nesta quarta-feira (23), feito com mais de cinco mil e 400 pessoas no ano passado, a maioria é de jovens de 18 a 35 anos, vindos principalmente da Angola, Venezuela e Nigéria.
Os homens representam 64% e a maior parte dessas pessoas vive nas regiões mais pobres da cidade, como explica a arquiteta e urbanista, Midori Hamada, que participou da pesquisa.
Em todo o Brasil, 11 mil pessoas são reconhecidas pelo estado como refugiadas, mas os pedidos de refúgio somam cerca de 200 mil. Só no ano passado foram mais de 80 mil solicitações, a grande maioria de venezuelanos.
Sílvia Sander, da Acnur – Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, explica que o Brasil tem políticas de acolhimento que são exemplo pro mundo todo.
No mundo, 70 milhões de pessoas já foram forçadas a deixar o local de origem. São cerca de 37 mil todos os dias. A maioria se desloca internamente, mas 26 milhões de pessoas tiveram que mudar de país. A maioria nessa situação é da Síria, do Afeganistão e do Sudão do Sul.
Sílvia Sander explica que os movimentos de refugiados têm se intensificado. Dentre os países que mais acolhem os refugiados estão a Turquia, o Paquistão e a Uganda.
Refugiada é a pessoa obrigada a deixar o país de origem em razão de violação dos direitos humanos, causada por perseguição religiosa, política ou social.