Diminui número de crianças e adolescentes em trabalho infantil no país
O número de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, em situação de trabalho infantil aqui no Brasil vem caindo desde 2016. Para se ter uma ideia, nos últimos 4 anos, a redução foi de 16,8%.
Em 2019, quase 1,8 milhão pessoas nessa faixa etária realizavam alguma atividade econômica, o que representava 4,6% da população dessa idade; em 2016, 2 milhões estavam trabalhando; ou seja, 5,3% dessa população.
Os dados são da PNAD Contínua sobre Trabalho de Crianças e Adolescentes, divulgada nesta quinta-feira (17) pelo IBGE – o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O documento também revela que ano passado, a maioria das crianças e adolescentes até 17 anos que trabalhavam eram homens, pretos ou pardos. Mais de 53% dos que exerciam alguma atividade eram jovens com idade entre 16 a 17 anos; e 21,3% tinham entre 5 e 13 anos.
Em 2019, as principais ocupações dessas pessoas de 5 a 17 anos eram vendedores dos comércios e mercados.
Do universo de 1,7 milhão trabalhadores, 706 mil atuavam nas piores formas de trabalho infantil como vendedores ambulantes, cuidadores de crianças, cabelereiros, cuidados de pessoas em domicílio, mecânicos, artesões em tecido, que trabalham com faca, material tóxico.
A coordenadora de Trabalho e Renda do IBGE, Maria Lúcia França, detalhou esse ponto.
Apesar de trabalharem muito, o rendimento dessas crianças entre 5 a 17 anos era baixo. Em 2019, foi em média R$ 503. Crianças com idade entre 5 e 13 anos recebiam R$ 163.
Segundo a pesquisa do IBGE, 83,7% dessas crianças e adolescentes frequentavam escola; mas entre os que não realizavam essas atividades, o percentual era maior: 96,6%.