Projetos espalhados pelo país reforçam rede de apoio entre mulheres
Maria, Ana, Francisca, Antônia, Adriana e Juliana. Esses são os nomes mais comuns de mulheres, segundo o último Censo do IBGE. Elas são chefes de família, estudantes, mães, ativistas, profissionais e são dinâmicas.
A poeta mineira Adélia Prado arrematou em um verso: “mulher é desdobrável”. Elas vão à luta, e muitas se dedicam a ajudar outras mulheres.
Em Manaus, no Amazonas, da união de três amigas advogadas que compartilhavam o interesse de divulgar informações sobre os direitos das mulheres foi fundado o “Instituto Mana”. A ideia cresceu e em parceria com a Agência da ONU para refugiados, a instituição passou acolher imigrantes desacompanhadas, como explica a presidente da organização, Juliana Marques.
Uma das acolhidas pelo Instituto Mana foi a venezuelana Elena Nicolasa Escalona. Ela chegou ao Brasil com um grave problema de saúde. Após o processo de interiorização, Elena já está com a família na capital paranaense Curitiba e aguarda por um transplante de rins.
Para facilitar o atendimento de mulheres na rede pública de saúde, desde outubro do ano passado, o Distrito Federal passou a contar com o Centro Especializado de Saúde da Mulher. Lá, pacientes como Damiana Conceição da Silva e Célia Maria Santos Nunes, podem receber atendimento de várias áreas médicas, como a ginecologia.
O Centro de Saúde no DF tem capacidade para atender até três mil mulheres por mês e recebe pacientes encaminhadas pelas unidades básicas de saúde do Distrito Federal. A gerente da unidade Séfora Hamada explica que o espaço nasceu para se adequar a agenda corrida das mulheres.
No Vale do Jequitinhonha, o trabalho de mulheres tem dado destaque a duas comunidades rurais Tocoiós, com as tecelãs, e Curtume, com as bordadeiras. Elas, além de conseguirem renda, protegem os saberes da região, como destaca a coordenadora da Associação Jenipapense de Assistência à, Viviane Fortes. Em 2020, o projeto Versinhos do Bem-querer foi vencedor do prêmio Empreendedor Social do ano em resposta à covid-19.
Com produção da Dayane Vítor, da Rádio Nacional em Brasília, Daniella Longuinho.