Para o mês do orgulho LGBT+ a Ipsos, empresa de pesquisa e inteligência de mercado, fez um levantamento mostrando, em diferentes aspectos, como essa comunidade é vista e aceita nas sociedades do Brasil e do mundo. A pesquisa on-line foi realizada com 19.069 entrevistados de 27 países, com idades entre 16 e 74 anos. Os dados foram colhidos entre os dias 23 de abril e 07 de maio deste ano.
No Brasil, 54% dos entrevistados se mostraram a favor do casamento de pessoas do mesmo sexo e 16% a favor de algum reconhecimento legal. Porém essa porcentagem ainda é inferior se comparada a outros países como Suécia, Holanda, Espanha e Bélgica, onde o apoio é de 84%.
Marcio Aguiar, Gerente de Pesquisas Qualitativas da Ipsos explica que a expectativa era que o apoio para o casamento de pessoas do mesmo sexo fosse maior.
Outro assunto discutido no levantamento foi a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. Sete em cada 10 brasileiros acreditam que pais LGBT+ devem ter os mesmos direitos de adotar que casais heterossexuais possuem.
Além disso, 69% acham que casais do mesmo sexo são tão aptos quanto casais heterossexuais a criar filhos com sucesso. Em ambos os casos, o percentual de discordantes é de 25%. E apesar de 55% dos entrevistados no Brasil opinarem que pessoas LGBT+ devem expor sua orientação sexual ou identidade de gênero, a pesquisa apontou que apenas 42% apoiam que casais LGBT+ demonstrem afeto em público, como dar as mãos ou um beijo.
O mês de mobilização faz parte da luta da comunidade LGBTQIA+, que também celebra em junho uma das datas mais importantes de resistência do movimento: o Dia Internacional do Orgulho LGBT, lembrado todos os anos no dia 28 de junho.