Mutirão leva serviços públicos à população em situação de rua de SP

O 1º Mutirão de Atendimento à População em Situação de Rua mudou a cara da Praça da Sé, no centro de São Paulo.
Várias tendas foram espalhadas pela praça para prestar serviços a pessoas que não tem onde morar.
No primeiro dia do mutirão mais de 2 mil pessoas fizeram fila para serem atendidas.
Pessoas como Aquiles Nascimento. Ele tem 18 anos, há quase três vive nas ruas e aproveitou para tirar o título de eleitor. Com o título na mão ele aposta que agora vai conseguir o registro como MEI - Micro-Empreendedor Individual.
O mutirão envolve órgãos do governo do estado, do município, da justiça federal e estadual e da sociedade civil. A ideia é facilitar o acesso das pessoas a pelo menos trinta tipos de serviços, como emissão de documentos, acesso a benefícios assistenciais, serviços de saúde e assessoria jurídica.
Robson Mendonça, presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, fez um balanço desse primeiro dia de mutirão. Ele explica que o atendimento conseguiu atingir uma boa quantidade de pessoas.
Os números mostram que iniciativas assim vão ser cada vez mais necessárias. Segundo o IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a população em situação de rua no Brasil chegou a 222 mil pessoas em março de 2020. Um número 140% maior que em 2012. Só a capital paulista tem pelo menos 24 mil pessoas vivendo em praças, embaixo de marquises e de pontes. Sete a cada dez dessas pessoas são negras ou pardas.
O primeiro Mutirão de Atendimento à População em Situação de Rua de São Paulo é coordenado pelo Tribunal Regional Federal da terceira região e atende resolução do Conselho Nacional de Justiça de setembro do ano passado.
O mutirão vai seguir atendendo as pessoas até quinta-feira (17), entre 10h às 15h.





