A Comissão de Direitos Humanos da OAB Rio de Janeiro deve encaminhar até o final deste mês ao Ministério Público Federal, o relatório com denúncias de assédio sexual, feitas por ex-alunas, contra professores do Colégio Brigadeiro Newton Braga, subordinado ao Comando da Aeronáutica, localizado no bairro carioca da Ilha do Governador.
O documento está sendo elaborado pelo Grupo de Trabalho da Criança, Adolescente e Juventude, da comissão, com base em relatos das ex-alunas, que eram menores de idade quando sofreram os abusos. Segundo a coordenação do Grupo, o número de denúncias aumentou a partir da divulgação do caso na imprensa, o que é positivo e importante para que outras crianças e adolescentes não passem por situações semelhantes.
Todas as vítimas dizem que não levaram a situação à direção da escola, porque não havia abertura para este tipo de conversa. Mas, em 2020, uma campanha no Twitter, criada por alunos e ex-alunos da escola denunciou as práticas abusivas de professores. Foi então, que o colégio instaurou um procedimento administrativo e um inquérito policial militar para apurar as denúncias.
Em nota, a Força Aérea Brasileira informou que a investigação foi concluída em agosto de 2020 e encaminhada ao Ministério Público Federal, mas não divulgou o conteúdo. Disse, também, que os professores envolvidos foram afastados de suas funções por 120 dias, que é o prazo máximo previsto em lei.
A FAB reiterou que atua para coibir irregularidades e que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão Institucional.



