O procurador-geral da República, Augusto Aras, esteve em Tabatinga (AM) neste domingo (19). Ele se reuniu com membros do Ministério Público Federal lotados no Amazonas, com representantes do Exército, Polícia Federal, Funai, lideranças indígenas e outras instituições para discutir medidas conjuntas de reforço da presença e atuação do Estado brasileiro no combate à criminalidade de enfrentamento em violações aos direitos indígenas, humanos e outros crimes registrados na região.
Sobre o assassinato do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Philips, o procurador Augusto Aras disse ter tido ciência das denúncias da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), mas que existe um problema estrutural no tempo das medidas.
Aras falou ainda que o MPF pretende atuar para aumentar a presença na Amazônia e regiões de fronteira. Segundo ele, desde março de 2022 foram nomeados mais 30 procuradores - dez deles com exclusividade para assuntos ambientais e indígenas. Ele disse ainda que a instituição também vai criar atrativos para servidores permanecerem mais tempo em lugares de difícil acesso.
Sobre qual instituição irá ficar responsável pela continuidade da investigação do assassinato de Bruno e Dom, o procurador Augusto Aras disse que estão em estudo técnico de competência, e que há possibilidade de investigação conjunta.