57 mulheres foram vítimas de feminicídio no Rio de Janeiro nos seis primeiros meses do ano. Levantamento realizado com base em dados do ISP, Instituto de Segurança Pública, aponta que o número já é 20% maior do que em igual período do ano passado, quando foram registrados 48 crimes desse tipo. Segundo o ISP, em cinco anos, os números dessa tragédia aumentaram em mais de 70% no estado.
Apenas nos últimos 15 dias, cinco mulheres foram mortas na Região Metropolitana, e os suspeitos são seus companheiros ou ex.
Um outro levantamento, do Tribunal de Justiça, também aponta crescimento nas notificações de crimes contra a mulher, assim como nos pedidos de medidas protetivas. Em 2021, foram 33 mil. Até maio deste ano, já são mais de 15 mil.
Entre os casos de ataque a mulheres nos últimos dia, um dos que ganharam as manchetes envolve o policial civil Marcos André de Oliveira dos Santos, de 50 anos, chefe de investigações da Delegacia Especial de Proteção à Mulher, a DEAM, em uma unidade da zona oeste da capital. Ele foi denunciado à justiça pelo Ministério Público estadual por ameaça, injúria, lesão corporal e violência psicológica contra uma ex-companheira. Segundo a denúncia, o policial não aceitava o fim do relacionamento.
Mas outras duas mulheres não tiveram a mesma sorte e foram assassinadas, nesta terça-feira, pelos seus ex-companheiros nesta terça-feira. Um dos assassinos já foi preso e confessou o crime cometido diante dos dois filhos da vítima.
Em relação ao policial civil, nós tentamos contato com a defesa mas sem retorno até o fechamento da matéria. Já a Polícia Civil informou, em nota, que o agente já foi afastado da DEAM.