Na véspera do Dia dos Pais, os jogadores do Vasco entraram em campo para a partida contra o Tombense, no estádio São Januário, no Rio de Janeiro, usando uma camisa sem seus nomes. A ação foi para chamar a atenção para a ausência do nome do pai nas certidões de nascimento, um problema que atinge milhares de crianças em todo o país.
No segundo tempo, os jogadores entraram com outra camisa, desta vez com os nomes dos seus pais ou de figuras paternas e a logomarca do projeto Minha Origem, Nossa História, desenvolvido pela Defensoria Pública do Rio para incentivar a parentalidade responsável.
A defensora Andréia Cardoso, que coordena o Núcleo de DNA, da Defensoria, explicou que a iniciativa quer promover o reconhecimento voluntário da paternidade, a aproximação afetiva entre pais e filhos, com atendimento individualizado e sigiloso.
Segundo ela, desde fevereiro do ano passado, quando o núcleo foi criado, já foram atendidas cerca de 300 famílias e a meta do projeto está sendo alcançada.
Ainda para incentivar o reconhecimento da paternidade, o Vasco e Defensoria Pública vão fazer mutirões para os torcedores interessados em regularizar a situação com os filhos.
O primeiro acontece no próximo dia 27 de agosto no estádio de São Januário mas é preciso se inscrever.
Pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil, no último mês de julho, revelou que de mais de um milhão e 300 mil bebês nascidos no Brasil no primeiro semestre deste ano, 86 mil não têm o nome do pai na certidão de nascimento.