O trabalho infantil doméstico diminuiu 22% entre 2016 e 2019, mas de forma desigual entre as regiões do país. Enquanto os casos reduziram no Nordeste e no Sul, eles permaneceram estáveis no Norte e subiram no Sudeste e no Centro-Oeste.
O levantamento foi feito pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, com dados da PNAD Contínua, do IBGE.
Os números nacionais caíram de 107 mil casos de crianças e adolescentes em situação de trabalho em 2016 para 83 mil em 2019. No entanto, segundo a secretária executiva do Fórum, Katerina Volcov, com o aumento da pobreza nos últimos anos, o cenário atual deve ser pior.
Em 2019, 94% dos casos de trabalho doméstico infantil eram de adolescentes com idade entre 14 e 17 anos. A grande maioria eram meninas e negras. O problema era mais frequente em lares chefiados por pessoas com menor escolaridade e com renda per capita de até meio salário mínimo.
Katerina Volcov aponta a necessidade de políticas de proteção social e de geração de renda, além da integração das políticas voltadas à infância e adolescência.
O estudo ressalta a alta incidência do trabalho doméstico infantil no Paraná, Pará, Bahia e Minas Gerais. Juntos, esses estados correspondiam a mais da metade dos casos em 2019.





