Graça Machel, ex-primeira dama de Moçambique e da África do Sul, é uma das homenageadas pelo Troféu Raça Negra.
Política e ativista dos direitos humanos, a moçambicana Graça Machel é uma das cem mulheres mais influentes do mundo, segundo a revista Times.
Ela integrou a luta armada pela independência de Moçambique e foi casada com o líder revolucionário Samora Machel, o primeiro presidente eleito do país. Samora morreu em 1986 em um acidente de avião.
Anos depois, em 1998, Graça casou-se com Nelson Mandela, o mais importante líder da África Negra, da luta contra o apartheid, primeiro presidente negro da África do Sul e Prêmio Nobel da Paz.
Essa é a 20ª edição do Trofeu Raça Negra, prêmio criado para homenagear o trabalho de pessoas que contribuem para os avanços da população negra brasileira.
Não é a primeira vez que Graça tem a estatueta dourada em mãos. Em 2014, um ano após a morte de Mandela, ela recebeu o prêmio em nome do marido homenageado in memorian.
Graça está no Brasil para participar das atividades do Dia Nacional de Consciência Negra. No domingo, ela esteve com empresários para discutir a equidade racial e pediu mais firmeza no combate ao racismo no Brasil.
Nesta edição do Troféu Raca Negra, ao todo, 20 mulheres negras e não-negras foram premiadas. Além de Graça Machel, a compositora e deputada estadual Leci Brandão, a rapper MC Soffia e a atriz Aline Borges, que interpretou a Zuleika no remake da novela Pantanal.
A Cerimônia de Premiação aconteceu na Universidade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, instituição de ensino criada para combater a exclusão de jovens e adultos negros do ensino superior.