Os mais de 700 idosos encarcerados nas penitenciárias do estado do Rio de Janeiro têm pouco ou nenhum acesso a dentistas, médicos, remédios de uso contínuo e condições de segurança, entre elas rampas e barras de apoio nos banheiros.
Sete em cada 10 presos idosos enxergam com dificuldade, não leem e pouco se locomovem pela falta de óculos ou porque estão quebrados ou precisando atualizar o grau.
A saúde bucal deles também é preocupante: De cada 10 idosos presos, seis não têm a maioria dos dentes e não há dentistas para resolver os problemas de dores e próteses, o que impede que eles se alimentem de maneira correta.
Os dados são do estudo “Condições de saúde e qualidade de vida dos presos idosos do estado do Rio de Janeiro”, feito pelas pesquisadoras Maria Cecília Minayo e Patrícia Constantino, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fiocruz, e que concluiu que as penitenciárias fluminenses não têm condições de garantir o cumprimento adequado das penas a que foram condenados.
De acordo com Patrícia Constantino, os problemas vão desde a saúde física e mental, até a própria condição do idoso.
A pesquisadora enfatizou que a superlotação das celas e a alimentação foram os temas mais recorrentes nas queixas dos idosos. O estudo sugere a criação de um presídio específico para eles, projetado com rampas, barras de apoio nos corredores e banheiros, e profissionais qualificados para atendimento médico, odontológico, psicológico, social e nutricional.
A pesquisa ouviu 714 pessoas encarceradas com idades entre 60 e 88 anos, quase a totalidade dos 763 presos nessa faixa etária. Entre essa população, havia 74 idosas e 35 delas participaram do levantamento.
A secretaria estadual de Administração Penitenciária informou que vem dialogando com a Fiocruz, com a Vara de Execuções Penais, a Defensoria e o Ministério Público do estado para reunir os idosos presos em uma única unidade. Atualmente, eles estão distribuídos em quatro penitenciárias.
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