Trabalho escravo: 20 pessoas são resgatadas em pedreiras do Piauí
20 trabalhadores foram resgatados de situação semelhante a escravidão pelo Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo enquanto extraíam pedras em quatro municípios do Piauí.
Um dos resgatados era menor de idade, e o pai também era trabalhador da pedreira. Os resgatados tinham que manusear a pólvora e retirar as pedras sem equipamento de proteção. Segundo a procuradora Natália Azevedo, a situação era “degradante” e com "grande risco" de acidente e morte.
Durante as inspeções, foi verificado que os trabalhadores não tinham jornada de trabalho pré-estabelecida ou carteira assinada, e recebiam até R$180 por mil pedras retiradas.
Após a fiscalização, os empregadores assinaram Termos de Ajuste de Conduta, pagando os valores para regularizar a situação dos contratados e para dano moral individual e coletivo.
De acordo com a procuradora Natália Azevedo, as pedras eram compradas por construtoras, que usam o material para calçamento em diversos municípios.
Em 2022, mais de 100 pessoas já foram resgatadas de situação semelhante à escravidão no Piauí. A maioria trabalhava em pedreiras ou na extração de carnaúba.