Cerca de 41 mil famílias foram despejadas no país desde o início da pandemia de covid, em março de 2020. Outras 218 mil estão sob ameaça de perder a moradia, segundo o Mapeamento Nacional de Conflitos pela Terra e Moradia. É uma plataforma virtual organizada pela Campanha Despejo Zero e envolve oito organizações, como a ONG Habitat para a Humanidade Brasil e o Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico.
A principal justificativa é a reintegração de posse. Mais de 26 mil e 500 famílias foram despejadas com esse argumento e 88 mil estão ameaçadas.
O caso da Vânia Santos é um desses. Ela vivia com a família numa ocupação em Brasília, quando foram retirados de lá em 2021, após o Governo do Distrito Federal pedir a reintegração de posse à Justiça. Ela conta que a situação hoje é difícil e que o auxílio do governo está atrasado.
A Secretaria de Desenvolvimento Social do DF negou que exista atraso no pagamento do auxílio. Segundo a pasta, o crédito referente a janeiro ocorrerá nos próximos dias.
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e integrante da Campanha Despejo Zero, Rud Rafael, diz que esse cenário de despejos vem da falta de política de moradia.
Os estados com maior número de despejos são: em primeiro lugar, São Paulo, seguido de Rio de Janeiro, Amazonas e Maranhão.
Gabriel Brum - Repórter Rádio Nacional
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