Levantamento feito pelo Instituto Pereira Passos, o órgão de pesquisa da prefeitura do Rio de Janeiro, identificou 7.865 pessoas morando nas ruas da cidade em 2022. O número é 8,2% maior do que na última contagem, feira em 2020, quando 7.272 pessoas estavam em situação de rua na capital - sendo a maioria no centro.
O censo da população de rua no Rio 2022 mostrou, porém, que bairros das zonas norte e oeste foram os que registraram o maior crescimento de pessoas vivendo nas ruas e dormindo em praças e calçadas.
De acordo com Andrea Pulici, coordenadora técnica de Projetos Especiais do Instituto Pereira Passos, essas pessoas são majoritariamente homens, negros ou pardos, em idade economicamente ativa e com baixa escolaridade.
O uso de drogas e problemas familiares são os principais motivos que os levaram a viver nas ruas. E, segundo Andrea Pulici, ao serem perguntados sobre o que precisariam para sair das ruas, 40% responderam que precisariam de um emprego e de moradia.
"Um ponto importante desse censo é que a gente não estava querendo apenas saber quantos eles são, mas de fato quem eles são e o porquê que eles estão ali. O quanto que eles passaram ou não pelas nossas instituições e a avaliação deles em torno disso. Para que a gente possa montar um grupo intersetorial, com várias secretarias, que a gente possa fazer uma análise cuidadosa desses resultados e que a gente possa melhorar, aprimorar ou desenvolver novas políticas públicas para que a gente possa atender e melhorar a qualidade de vida desta população".
De acordo com os dados, 6.253 dormiam na rua e 1.612 estavam em instituições de acolhimento, como abrigos e comunidades terapêuticas.
O censo também aponta que 1.227 pessoas em situação de rua na capital são usuárias de drogas, 3,1% a mais do que em 2020.
