Um total de 2.847 trabalhadores foram resgatados entre janeiro e novembro deste ano de trabalho análogo à escravidão no Brasil. O número parcial de 2023 já é o maior em resgates dos últimos 14 anos, e um recorde histórico em toda a série de pagamento de verbas rescisórias.
Mais de 500 estabelecimentos urbanos e rurais foram fiscalizados no período, o que possibilitou o pagamento de mais de R$ 10 milhões em verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.
A região Sudeste teve o maior número de ações e resgates, com 192 estabelecimentos fiscalizados e 1.043 trabalhadores libertados, seguido do Centro-Oeste, com 103 fiscalizações e 720 resgates.
Entre os estados, os maiores resgates ocorreram em Goiás, 640, Minas Gerais, 571 e São Paulo, 380.
O cultivo de café foi o setor com a maior quantidade de resgatados, 300, passando à frente do setor da cana-de-açúcar, com 258 pessoas libertadas. Esse último liderava os dados até junho deste ano.
O trabalho de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego conta com a parceria de órgãos como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública da União e Ministério Público Federal.
Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia de trabalho escravo de forma remota e sigilosa através do sistema Ipê, no site: ipe.sit.trabalho.gov.br.