Pesquisa revela 32 quilombolas foram assassinados entre 2018 e 2022
Trinta e dois quilombolas foram assassinados entre 2018 e 2022. Conflitos fundiários e violência de gênero estão entre as principais causas. Ao menos 13 quilombolas foram mortos por causa da luta pelo território. Nove assassinatos foram feminicídios.
A pesquisa ainda revela que em, ao menos 15 desses 32 crimes, as pessoas mortas eram lideranças comunitárias.
Quase 70% dos assassinatos aconteceram em quilombos que não têm titulação parcial ou total.
Os números da segunda pesquisa “Racismo e Violência contra Quilombos no Brasil” foram divulgada nesta sexta-feira (17) pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a Terra de Direitos.
Quando comparado à primeira edição, que pegou 10 anos, de 2008 a 2017, a média anual de assassinatos saltou de 3,8 para 6,4 entre 2018 e 2022.
O Nordeste é a região com maior número de assassinatos: 21. Só no Maranhão ocorreram 9 crimes.
A pesquisa foi lançada no marco de 3 meses do homicídio de Maria Bernadete Pacífico, do Quilombo de Pitanga dos Palmares. Dados preliminares de 2023 indicam que 7 quilombolas foram mortos neste ano.