Coletivos de mulheres estão com diversas iniciativas contra o assédio no Carnaval, um problema frequente em muitos blocos. A ideia é disseminar informação e ajudar as folionas a curtir a festa com proteção e segurança.
O Coletivo Não é Não, que está completando oito anos, celebra a data com uma nova tatuagem, como explica Julia Parucker, cofundadora do grupo.
“Para celebrar a gente fez uma tatuagem inédita nas cores roxo e vermelho, que são cores super simbólicas, que representam a luta feminista e a coragem e a liberdade da mulher de fazer suas próprias escolhas”.
Outra iniciativa do grupo é uma campanha beneficente.
“Todo o lucro da venda das tatuagens vai ser doado para a família da Julieta Hernandez, a palhaça Miss Jujuba, que infelizmente foi vítima de feminicídio no Brasil”.
Será dada ainda continuidade a iniciativa Escolas em Transformação, de visitação às escolas públicas, para conversar com os jovens sobre educação sexual.
Outro coletivo feminista no Carnaval é o Mulheres Rodadas. Neste ano, o bloco vai homenagear cantoras em seu repertório, incluindo sucessos de vozes consagradas, como Rita Lee e Cássia Eller. Engajado na luta contra o assédio, o grupo tem atividades durante todo o ano, como explica a jornalista e socióloga Renata Rodrigues, fundadora do bloco.
“A gente procura na verdade se engajar em atividades do movimento de mulheres na cidade do Rio de Janeiro. Então sempre que tem uma manifestação ou que tem alguma coisa importante e a gente é chamada, a gente está lá, quando não às vezes a gente organiza algum ato, ou alguma atividade de formação, que não tem necessariamente a ver com música, e diretamente com Carnaval, porque a gente faz palestras, faz rodas de conversa”.
O trabalho dos blocos pode ser conhecido no Instagram: Mulheres Rodadas e Não é Não.