Noventa e nove mulheres foram vítimas de feminicídio em 2023 em todo o estado do Rio de Janeiro.
O número de casos caiu em relação ao ano anterior, quando 111 mulheres foram assassinadas.
Dados do Instituto de Segurança Pública, vinculado ao governo do estado, divulgados nesta terça-feira, apontam que esta foi a primeira redução de casos de feminicídio desde que o crime contra a vida da mulher começou a ser tipificado, em 2015.
O governo do Rio atribui a diminuição dos feminicídios a medidas de prevenção adotadas, como a Patrulha Maria da Penha, que já acompanhou mais de 63 mil mulheres em quatro anos, e o aplicativo Rede Mulher, que tem um botão que aciona o número 190, para denúncias, diretamente.
Outra medida destacada é o monitoramento de suspeitos das agressões.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária acompanha 134 potenciais agressores com histórico de violência doméstica, por meio de tornozeleiras eletrônicas.
No ano passado, segundo o governo do estado, o botão do pânico foi acionado 91 vezes por mulheres vítimas desse tipo de crime.
Em todo o estado, são 14 Delegacias de Atendimento à Mulher, funcionando 24 horas por dia.
Somente no ano passado, o Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher, da Polícia Civil, efetivou quase 23 mil medidas protetivas, apreendendo 137 armas, efetuando 943 prisões, entre flagrantes e mandados, além de ter indiciado mais de 12,2 mil pessoas.