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Direitos Humanos

Brasil vai formatar políticas para aliança global contra a fome

País pode colaborar com experiências como a do Bolsa Família
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Oussama El Ghaouri - repórter da Rádio Nacional
24/02/2024 - 08:00
Brasília
Comidas, saladas, peixe
© Agência Brasil/Arquivo

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social informou, nessa sexta-feira (23), que vai formatar as políticas públicas brasileiras que podem ajudar uma Força-Tarefa do G20 a criar uma Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.

A proposta da aliança foi feita pelo presidente Lula, quando o Brasil assumiu, em dezembro do ano passado, a presidência rotativa anual do grupo.

O G20 é o principal fórum de cooperação econômica internacional com 19 países e dois órgãos regionais: a União Europeia e a União Africana. Juntos, o grupo representa 85% da economia mundial.  

Além do Brasil, entre os membros estão, por exemplo, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia.

A proposta da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza foi discutida nesta semana no âmbito do G20.

O objetivo é oferecer um conjunto de experiências bem-sucedidas de diversos países a outras nações que queiram adaptar e usar essas políticas públicas em seus territórios.

O ministro do Desenvolvimento Social aqui do Brasil, Wellington Dias, participou do encontro e explicou como esse pacto pode funcionar.

“É um mecanismo prático para mobilizar recursos financeiros e conhecimento de onde são mais abundantes e canalizá-los para onde são mais necessários, apoiando a implementação e a ampliação da escala de ações, políticas e programa no nível nacional. Ou seja, cada país, autonomamente, soberanamente, elabora o seu plano, atualiza o seu plano pra quem já tinha, mas agora também podendo receber o apoio em conhecimento e também financeiro, para que possa alcançar um resultado mais potente”, pontua.              

O pacto global para segurança alimentar está baseado em dois princípios: o foco nos mais pobres e vulneráveis e a implementação consistente de políticas nacionais.

As prioridades estão na alimentação saudável; no apoio, principalmente, aos pequenos e médios produtores e inovação tecnológica para elevar a produtividade.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o Brasil pode colaborar com a transferência de conhecimento da Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, e da Fiocruz, a Fundação Oswaldo Cruz.

Além da experiência que o Brasil traz com o Bolsa Família.

De acordo com um estudo da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, divulgado de 2022, o mundo tem 735 milhões de pessoas na situação de fome.

Estudos internacionais indicam a necessidade de quase US$ 80 bilhões por ano para tirar essas pessoas do mapa da fome e reduzir a pobreza mundial até 2030.

Isso conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU, a Organização das Nações Unidas. 

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