MDHC rechaça fake news sobre tráfico de crianças na Ilha do Marajó
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania divulgou nota alertando para a propagação de fake news com denúncias sobre a exploração sexual e o tráfico de crianças na Ilha do Marajó, no Pará.
O assunto dominou as redes sociais após uma apresentação musical da artista gospel Aymee Rocha, no reality show musical Dom. Após cantar uma música que falava sobre situações de violência contra crianças, a cantora declarou que os casos de pedofilia, exploração sexual infantil e tráfico de órgãos são corriqueiros na Ilha.
A denúncia de Aymee foi reverberada nas redes sociais, inclusive por artistas e personalidades, mas muitas dessas publicações traziam vídeos e informações falsas.
Segundo a nota do ministério, a realidade de exploração sexual na região é preocupante e histórica, mas não deve ser utilizada de forma irresponsável e descontextualizada, porque isso estigmatiza as populações da Ilha e agrava os riscos sociais.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o ministro Silvio Almeida condenou a divulgação das informações falsas e qualificou como oportunista a conduta de grupos que se aproveitam da realidade da região para agir em nome de interesses próprios.
“Como também demonstro respeito à população de Marajó, rechaçando toda iniciativa desses oportunistas, que nunca fizeram nada pelo povo de Marajó, mas sempre tentam usar imagens do povo de Marajó, e imagens de crianças e adolescentes, para querer fortalecer as suas bandeiras, que são feitas em nome de interesses próprios, não nos interesses do povo brasileiro”, afirmou o ministro.
A nota do Ministério também informa que, em maio de 2023, foi criado o Programa Cidadania Marajó, com recursos para o combate à violência contra crianças e adolescentes e promoção de direitos humanos e acesso a políticas públicas. O programa também está em articulação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Federal e o Ministério da Defesa, para promover ações de monitoramento especial de fronteira contra o crime organizado, além de acionar empresas que operam na rota fluviomarítima do Marajó em ações de prevenção e enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes e ao tráfico de pessoas.