A Ouvidoria de Polícia de São Paulo e organizações da sociedade civil entregaram à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado, nessa segunda (26), um relatório com denúncias de cinco casos de execução sumária pela Polícia Militar.
Também são citadas duas invasões ilegais de domicílio, seis relatos de abusos policiais, e uma tentativa de execução, durante abordagens da Operação Escudo, dos dias 7 a 9 deste mês, no litoral paulista.
A última etapa da Operação Escudo começou no último dia 2, em reação à morte de um policial militar da patrulha Rota. Até essa segunda-feira, a operação já deixou 33 civis mortos em supostos confrontos com a polícia.
Para o presidente do Condepe, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo, Dimitri Sales, a Operação Escudo deveria ser encerrada imediatamente. Ele justifica:
"De modo geral, a Operação Escudo não atingiu seu objetivo de trazer sensação de segurança. E, mais do que isso, ter ampliado as vítimas. agora não só a sociedade civil é vítima de atos ilegais por parte da polícia, como a reação de bandidos tem gerado a morte de policiais e agentes da segurança pública".
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública paulista informou que, os casos de mortes decorrentes de intervenção policial são consequência da reação violenta de criminosos à ação da polícia no combate ao crime organizado, que vitimou três policiais militares neste ano. E informa ainda que as corregedorias estão à disposição para formalizar e apurar toda e qualquer denúncia.