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Direitos Humanos

“Quem tem fome, tem urgência”, afirma Joenia Wapichana

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Oussama El Ghaouri - repórter da Rádio Nacional
16/04/2024 - 19:52
Brasília
Brasília (DF) 09/06/2023 - A presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana é a convidada do programa Brasil em Pauta da Empresa Brasil de Comunicaçāo (EBC).
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
© Joédson Alves/Agência Brasil

Esta semana é marcada pelo Dia dos Povos Indígenas, comemorado na próxima sexta-feira, 19 de abril.

A data celebra a diversidade cultural e étnica dos povos originários e chama atenção para as grandes demandas dos indígenas, como destacou a presidente da Funai, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas, Joenia Wapichana.

“Ainda continua a demanda pela demarcação das terras indígenas. Segundo a gestão territorial, pra que eles possam desenvolver seus projetos, sustentabilidade, projeto do Bem Viver, como nós chamamos, mas também ter uma ação de proteção dos seus direitos, a proteção da sua segurança física, a proteção para que os povos indígenas continuem a existir com suas próprias identidades. E que não sofram violência, porque são indígenas”.

A presidente da Funai ainda falou sobre as ações da Fundação para evitar mortes dos Yanomamis em Roraima, como as ocorridas nos dois últimos anos quando cerca de 700 indígenas morreram.

“Essa semana deu início à operação civil para questão da distribuição das cestas de alimentos. Foi o contrato que o ministério dos Povos Indígenas e o da Gestão e Inovação firmaram para iniciar a entrega. E a Funai junto. A gente não quer ver ninguém morrendo de fome. Quem tem fome, tem urgência. Funai já está entregando, desde o ano passado, mas vai continuar entregando, os kits de ferramentas para fortalecer a agricultura indígena, para que os yanomamis possam ter condições e ferramentas para continuarem as suas roças comunitárias”.

De acordo com a Funai, a proteção social e a cidadania dos povos indígenas têm sido resgatadas com mutirões para que indígenas tenham acesso à documentação civil. Com isso, eles podem ter acesso a programas sociais e benefícios trabalhistas e previdenciários. Segundo a Funai, no ano passado 23 mil indígenas foram atendidos nesses mutirões, com 57 mil pedidos previdenciários.   

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