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Direitos Humanos

Ministra defende mudança na lei de cotas para candidatura de mulheres

Cida Gonçalves ainda criticou PEC que acaba com o aborto legal no país
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Gabriel Brum
15/11/2024 - 11:56
Brasília
Rio de Janeiro (RJ) 14/11/2024 – A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, na mesa de abertura do G20 Social, no Museu do Amanhã. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, defendeu mudança na lei para dar paridade entre mulheres e homens nas vagas no parlamento brasileiro. Ela participou do programa Giro G20, nesta sexta-feira (14), realizado pela EBC.

Segundo ela, as cotas de 30% para candidaturas e financiamento de mulheres para não são suficientes. Entre os membros do G20, o Brasil está em penúltimo lugar na proporção de mulheres no Congresso Nacional, com menos de 15% de parlamentares femininas, segundo o IBGE. Cida Gonçalves disse que visitou o México, país onde mais da metade das cadeiras são de mulheres.

"Independente de partido, independente de qualquer coisa, é uma mulher que vai sentar naquela cadeira e vai poder defender o seu município e ter voz. Isso é um primeiro processo no Brasil: alterar a legisalação e garantir paridade"

Em outro ponto, a ministra criticou a Proposta de Emenda à Constituição que proíbe o aborto no Brasil, inclusive para os casos permitidos atualmente: gravidez causada por estupro, quando há risco de vida para a mulher e fetos com anencefalia.

"Para nós é um retrocesso. Nós não queremos avançar pra legalizar o aborto. O que nós queremos é que o que está aí seja garantido. Que a gente não perca nenhum direito. A mulher que sofre violência sexual ela não pode continuar sendo violada diante de uma gravidez. E o pior é que não é só a mulher. Hoje a maioria da violência sexual tá acontecendo entre crianças de zero a nove anos."

Cida Gonçalves disse que a aprovação do projeto que cria Política Nacional de Cuidados na Câmara dos Deputados é um avanço, apesar de mudanças feitas no texto. Segundo ela, a partir dele será possível elaborar políticas e serviços para melhorar a divisão do cuidado entre homens e mulheres.

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