DesNatal da CasaNem acolhe pessoas LGBTQIAPN+ para confraternização
Um projeto que combate a insegurança alimentar, vulnerabilidade e falta de moradia das pessoas LGBTQIAPN+, completa dez anos em 2024. É a campanha DesNatal da CasaNem, a primeira casa de acolhimento para essas pessoas, na capital fluminense.
A idealizadora do projeto, Indianarae Siqueira, explica que o termo "DesNatal" vai além da celebração de uma festa religiosa.
“DesNatal é por isso, para falar que nós não estamos apenas comemorando uma festa religiosa, mas uma data de confraternização entre as pessoas que, neste dia, se sentem, inclusive, emocionalmente abaladas por terem sido expulsas de casa, não serem aceitas, por não serem respeitadas, por viverem em situação de vulnerabilidade. E pras pessoas que não estão em nenhuma dessas situações, mas que querem confraternizar, se solidarizar com essas pessoas. Uma confraternização de pessoas que se respeitam”.
Em 2020, com a criação da Rebraca, Rede Brasileira de Casas de Acolhimento LGBTQIAPN+, devido à pandemia, a campanha alcançou pessoas nas cinco regiões do Brasil. Doze casas fazem parte do projeto Acolher Mais LGBTQIAPN+, do governo federal, como detalha Indianarae.
“Doze casas de acolhimento, as mais vulneráveis, entraram para o financiamento. A gente conseguiu R$ 1,4 milhão para as 12 casas. Parece que não é muito, mas já ajuda no básico. E é um projeto piloto, que o governo está vendo como funciona nesse um ano, para ver se isso se torna uma política pública de acolhimento”.
O pedido de doações é intensificado em datas específicas, mas as doações podem ser feitas durante todo o ano.
“Pode alimentos, roupas, nós temos o evoé, que é uma arrecadação, Pix... é só procurar as redes da Casa Nem que temos várias maneiras, os locais de doação. E podem levar diretamente a uma das casas na Rebraca”.
A única restrição para doações são produtos derivados de sofrimento animal, porque a CasaNem tem uma política vegana. No Rio de Janeiro as doações podem ser entregues na sede da CasaNem, na rua Dois de Dezembro, número nove, ou na KuzinhaNem, na rua da Lapa, 145.