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Direitos Humanos

Livro conta desafios enfrentados por mães de crianças com deficiências

“A mãe que me tornei”, reúne 29 cartas escritas por essas mulheres.
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Carolina Pessoa – Repórter da Rádio Nacional
14/03/2025 - 08:40
Rio de Janeiro

A maternidade atípica, vivida por mães de crianças com deficiência, é o tema do livro “A mãe que me tornei”, recém lançado em São Paulo. A obra reúne 29 cartas escritas por essas mulheres. São trajetórias de força, resiliência, aprendizado e, principalmente, de amor. Ideia que surgiu durante a pandemia e foi cuidadosamente sendo construída durante mais de quatro anos. Como explica a curadora do livro e especialista em inclusão, Letícia Lefevre. 

“A ideia do livro surgiu do Renato. Renato Passos, um amigo meu, me contatou durante a pandemia e ele falou, me deu a ideia, vamos fazer um livro? Um livro de cartas, cartas de mães atípicas. E na hora, porque o Renato é um amigo muito querido, eu topei. E dentro desse processo foi o processo de curadoria, de maturação da ideia. E várias coisas até que chegamos no nosso livro.”

O livro traz histórias emocionantes de mães de diferentes regiões do Brasil. Como conta Letícia.

“É uma mais especial que a outra. Tem muitas histórias lindas. Tem a história da Márcia, que ela conta como foi a história dela com o Rodrigo. Márcia Freire foi mãe do Rodrigo até 2020. Rodrigo era um menino que nasceu com síndrome de Rubinstein-Taybi e tinha uma série de deficiências em razão da síndrome rara dele. E a é Márcia do interior de Sergipe. Então nós tivemos a preocupação de trazer uma história de cada região do país.”

Além das experiências individuais, a obra aborda temas como a maternidade LGBTQIA+ e também os desafios enfrentados por essas mães. Letícia destaca que, além da falta de políticas públicas, muitas lidam com preconceito e abandono familiar. 

“Mais ou menos 78%, 80% dos pais abandonam essas mães quando sai o diagnóstico dos filhos. Então é bem pesado para essas mães.”

A obra é uma proposta de um novo olhar sobre a maternidade e a inclusão. 

“É a oportunidade de você conhecer outras histórias, de sair daquele mundo padrão, daquele mundo comum que talvez você esteja. É a chance de você desconstruir e construir um novo mundo que seja mais inclusivo.”

O livro “A mãe que me tornei” está sendo vendido no portal de publicação Uiclap.
 

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