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Direitos Humanos

Maioria das mulheres jovens não trabalha e nem estuda, diz relatório

Ministério da Mulher apresenta Relatório Anual Socioeconômico 2025
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Daniella Longuinho - repórter da Rádio Nacional
25/03/2025 - 15:14
Brasília
Desemprego
© Wilson Dias/Arquivo/Agência Brasil

 

As mulheres são maioria entre os jovens que não estudam, não estão ocupados e nem à procura de vaga de emprego.

Dos 7,3 milhões de jovens de 15 a 29 anos nessa situação, em 2023, cerca de 70% eram mulheres; metade, mulheres pretas ou pardas.

Esse é um dos destaques do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher 2025, publicado pelo Observatório Brasil da Igualdade de Gênero e divulgado, nesta terça-feira (25), pelo Ministério das Mulheres.

De acordo com o Relatório de Transparência Salarial do primeiro semestre de 2024, as mulheres ganhavam o equivalente a 79% do rendimento dos homens em estabelecimentos formais. O salário médio delas é R$ 3.565; já os homens ganham, em média, R$ 4.495.

Segundo o levantamento, ainda é pequena a parcela das empresas formais com políticas de incentivo específicas para mulheres, como previsto na Lei de Igualdade Salarial.

Conforme a PNAD Contínua, dos 21,6 milhões domicílios que estavam em situação de insegurança alimentar no Brasil no último trimestre de 2023, quase 60% eram chefiados por mulheres.

Sobre violência, o relatório destaca que a residência é um local de alto risco, com mais de 70% das notificações de violência contra a mulher. Os dados mostram que entre as mulheres de 20 a 59 anos, 60% das vítimas são pretas e pardas. Em mais de 76% dos registros de violência doméstica, sexual e outras, o agressor é do sexo masculino.

Entre 2015 e 2024, mais de meio milhão de estupros de mulheres foram registrados no país. Em 2024, com queda de menos de 1,4%, o país registrou o equivalente a 196 casos de estupro por dia; 71.892 ao todo.

Também na última década, segundo o Ministério da Justiça, foram registrados 11.650 feminicídios e 29.659 ocorrências de homicídio doloso e lesão corporal seguidas de morte de mulheres no país.

No ano passado, foram 1.450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos e lesões corporais seguidas de mortes, uma redução de 5% nos casos de violência letal contra as mulheres na comparação com 2023. 

A publicação retrata a situação das brasileiras a partir de 328 indicadores e será detalhada em evento na tarde desta terça-feira. 

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