O Brasil e o Uruguai assinaram nesta semana um acordo automotivo de livre comércio. Segundo o tratado, haverá 100% de preferência tarifária no caso de produtos que cumprirem um percentual mínimo de fabricação regional dos componentes. Para os veículos e autopeças brasileiros, o índice deve ser igual ou superior a 55% e, para os uruguaios, a 50%, de acordo com a fórmula estipulada pelo Mercosul. O acordo entra em vigor em 1ª de janeiro de 2016.
Os produtos beneficiados pelo entendimento são automóveis de passageiros, ônibus, caminhões, máquinas agrícolas, autopeças, chassis e pneus. O acordo prevê ainda que, em situações de desequilíbrio no comércio entre os dois países, um deles poderá solicitar a suspensão temporária do livre comércio.
Antes dessa medida, existia entre Brasil e Uruguai, uma cota de exportação de 14 mil unidades com isenção de impostos. Quando ultrapassada, cada unidade era taxada em 35%.
A venda de veículos entre os dois países movimentou, no ano passado, R$ 600 milhões e até outubro deste ano os negócios somam R$ 500 milhões. Este ano, o Brasil já havia renovado acordo automotivo com o México por mais quatro anos e com a Argentina até julho de 2016.