Todos os 2 mil e 500 trabalhadores da produção da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, vão entrar em férias coletivas após o feriado de Carnaval, do dia 13 a 31 de março.
A empresa alega que precisa parar as atividades para ajustar o volume de produção à redução das vendas.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, que representa a categoria, confirma que a concessão de férias coletivas é mais um mecanismo adotado pelas empresas por causa do desaquecimento do mercado devido à crise econômica do país.
É por conta disso, afirma o sindicato, que há mais de mil e cem operários em lay-off (com contratos de trabalho temporariamente suspensos) na Ford, Mercedes-Benz e Volkswagen, as três principais montadoras de São Bernardo do Campo. A Ford tem o maior número de trabalhadores nesta condição: são 710 trabalhadores.
Ainda de acordo com o sindicato, na Volkswagen, por exemplo, 80% dos operários da área de produção estão trabalhando pelas regras do Programa de Proteção ao Emprego: aceitaram a redução dos salários e da jornada de trabalho para se manterem empregados.
