A cesta básica na cidade de São Paulo teve leve recuo, seguindo a tendência dos índices de preço ao consumidor, no último mês. A pesquisa do Procon paulistano e do Dieese seguiu o mesmo caminho e indicou queda de 1,48%, em um universo de 39 produtos, entre os dias 12 e 18 de maio.
Entre os 28 itens que ficaram mais baratos o destaque foi para o papel higiênico, com queda de mais de 11%. Sabão em pó e o pacote de 200 gramas da bolacha de maisena também tiveram quedas acentuadas, em torno de 9%.
Uma surpresa foi a queda no preço da batata inglesa, que vinha acumulando altas mas fechou a semana cerca de 7% mais barata.
A principal alta na semana foi da farinha de mandioca torrada, de cerca de 4%, quase a mesma alta do leite em pó integral. O frango resfriado e o alho in natura também tiveram altas consideráveis, de cerca de 3%.
Já na macroeconomia, o dia tem sido de recuperação, quase uma ressaca após as denúncias contra o presidente, Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado Rocha Loures (PMDB). A cotação da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) está em cerca de 63 mil pontos, com alta de 2,74%.
Nessa quarta-feira (17) o índice fechou no patamar dos 67 mil pontos. Ontem (18), em menos de uma hora, chegou aos 60 mil pontos, uma queda de cerca de 10%, que levou ao primeiro “Circuit Break”, em nove anos. O “Circuit Break” é uma espécie de parada estratégica para esfriar os ânimos do mercado.
O dólar segue trajetória inversa, pelo mesmo motivo. Geralmente os investidores da Bolsa correm para a moeda americana quando a economia enfrenta momentos de instabilidade desse tipo.
Na terça-feira (16), o dólar foi vendido a R$ 3,09. No seu ponto mais alto, ontem, chegou aos R$ 3,38, variação que levou à intervenção do Banco Central e do Tesouro Nacional, que entraram nos mercados vendendo a moeda.
A última vez que o dólar chegou a esse patamar foi em dezembro do ano passado.
* A participação do repórter foi ao vivo.