Incertezas políticas, atraso na agenda das reformas e risco de o país não consolidar o ajuste fiscal no longo prazo. Esses são os fatores que ameaçam a retomada do crescimento econômico, de acordo com o informe conjuntural divulgado nesta sexta-feira (7), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O documento informa que a incerteza afetou empresários e consumidores. Isso interrompeu a tendência de recuperação da economia e deve atingir o consumo e os investimentos, até o fim do ano.
Outro fator negativo apontado pela CNI é que o Banco Central já sinaliza que os juros podem cair de forma mais lenta do que o esperado pelo setor.
Por isso, a estimativa de crescimento industrial para este ano, que era de 1,3%, caiu para 0,5%. Já a previsão do PIB, que era de alta de 0,5% caiu para 0,3%.
O estudo prevê que o consumo das famílias deve ficar estável e a taxa de desemprego continuar em 13,5%. A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve chegar em dezembro em 3,6%.
Para a CNI, a queda da inflação é resultado da redução dos preços dos alimentos e da forte retração do consumo.
Mesmo com a piora nas projeções, a indústria avalia que a economia brasileira começa a dar sinais de recuperação.