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Economia

Trocando em Miúdo: A Ata do Copom e as implicações que vão além da economia

Trocando em Miúdo
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Apresentação Eduardo Mamcasz
03/08/2017 - 02:35
Brasília

Olá, prezada pessoa ouvinte cidadã.

 

Ata do Copom. Comitê de Política Monetária. Reúne-se a cada 45 dias. Acabou de sair de a última ata. Baixou a taxa básica de juros, a Selic, para 9,25%. Um dígito. Não acontecia fazia tempo. Mas o importante, nesta prosa, é a ata. O que o pessoal do governo que cuida da economia espera que possa acontecer? Principalmente na parte dos riscos. Aí, entra a parte política. Vamos nessa?

 

Lendo do jeito como está nesta última nota do Copom: “O recente aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia impactou negativamente os índices de confianças dos agentes econômicos”.

 

Daí, a nota do Copom lembra que, de fato, “a economia segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa do desemprego.”

 

Desemprego. Continua alto. Tudo bem que no último mês caiu um pouco. Por causa do aumento do pessoal que trabalha na informalidade, sem carteira assinada, e que, por isso, está deixando de procurar emprego. Mas a taxa oficial continua nos 13%, mais de 13 milhões de desempregados que dependem, lógico, da volta da economia.

 

Por isso, a gente ouve o que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, falou noutro dia. Ele acha que vai melhorar.

 

Sonora: “No segundo semestre, esperamos que o emprego já esteja crescendo. E isto é fundamental. E por que? Porque a economia precisa crescer para o que emprego cresça. Tivemos a maior recessão da história. O número de desempregados é altíssimo. Mas a economia já voltou a crescer e é uma questão de tempo para que o emprego aumente.”

 

De volta à nota do Copom. Riscos políticos na economia. Item 11 da nota. “A retomada da economia pode ser mais (ou menos) demorada e gradual do que a antecipada”. Tem mais. Item 26. Começa assim: “Em função do aumento da incerteza recente ...”… E continua. Outra: item 30, final da ata do Copom. Lendo outra vez do jeito como está nela: “A manutenção das condições econômicas, até este momento, a despeito do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia, permitiu a manutenção da flexibilização.” 

 

A nota lembra ainda que a economia, entre outras coisas, vai continuar dependendo do “balanço de riscos”.

 

Ponto final.

 

Então, tá. Inté e axé.

 

 

 

 

Trocando em Miúdo: Quadro do programa "Em Conta", da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda a sexta-feira, pela Radioagência Nacional. Acesse aqui as edições anteriores.

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