Os lojistas do Rio de Janeiro pagaram R$ 1 bilhão em segurança de janeiro a junho deste ano. Os gastos incluem contratação de vigilantes, equipamentos eletrônicos, grades, blindagens de portas, reforço de vitrines e seguro. Os dados foram divulgados hoje (19) pelo Clube de Diretores Lojistas, o CDL.
A pesquisa ouviu 750 lojistas e mostra também que dos entrevistados 180 já tiveram seus estabelecimentos assaltados, furtados ou roubados. O número é cerca de 20% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
O presidente do CDL Rio, Aldo Gonçalves, reclama que os lojistas estão fazendo um papel que deveria ser do estado.
De acordo com o CDL, mais de 4 mil estabelecimentos comerciais fecharam suas portas entre janeiro e junho na capital fluminense, 76% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado, e no estado do Rio, o número de lojas fechadas já chega a 9.700 lojas.
Em resposta às declarações do CDL, a Secretaria de Estado de Segurança divulgou uma nota afirmando que tem como principais diretrizes a preservação da vida e dignidade humana, o controle dos índices de criminalidade e a atuação qualificada e integrada das polícias.
O texto diz, no entanto, que não se pode deixar de levar em consideração o cenário econômico de dificuldades pelo qual passa o estado do Rio. Ainda de acordo com a nota, esse cenário tem impactado os recursos humanos e materiais à disposição das forças policiais, o que tem demandado um enorme esforço de gestão. A Secretaria de Segurança afirma ainda que, sem custos aos cofres públicos, implementou medidas de monitoramento qualificado da criminalidade violenta.