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Economia

Trocando em Miúdo: Em Berlim, 22,4% das pessoas vivem abaixo da linha da pobreza

Trocando em Miúdo
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Apresentação Eduardo Mamcasz
14/11/2017 - 02:04
Brasília

Olá, prezada pessoa ouvinte cidadã.

 

Quem fala hoje aqui sou eu mesmo, de volta para esta conversa, em cima da nossa economia do dia a dia. Eu sei que nesta volta do descanso, por mim mais do que merecido, a prosa tinha que ser sobre as novas leis trabalhistas que entraram em vigor neste sábado, dia 11, mas que parece que já vão ser mexidas. Então, vamos nessa.

 

Então, hoje eu peço licença para falar de algumas coisas da Alemanha e, principalmente, de Berlim, a famosa capital, onde passei alguns dias de descanso. E por causa de que? Primeiro, porque sempre fiz isso, ou seja, dividir com a prezada pessoa ouvinte cidadã o que aprendi numa viagem, numa conversa, na leitura de um livro e tal. Aliás, esta é uma das funções deste Trocando em Miúdo nesses dez anos de vida.

 

Pois então. Berlim é uma cidade rica, Alemanha é o país mais rico da Europa e o terceiro maior do mundo, logo depois dos Estados Unidos e da China. Tem uma população, na grande Berlim, porque juntou várias cidades do entorno, que chega aos 3 milhões de pessoas. Tudo rico, certo? Tudo funcionando bem, certo? Isso que é vida né? Errado. Escuta só esta. Inverno começando, perto do zero grau, muitas noites com chuva fria, e o governo está preocupado com 20 mil moradores de rua.

 

Você está me ouvindo? Em Berlim, cidade rica, existem 20 mil pessoas que não têm onde morar. Vivem nas ruas. São os homelessness.

 

Em Berlim, 22,4% das pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. Acontece que o mínimo para sobreviver é de 1.000 euros, o que daria quase R$ 4 mil. Uma em cada três crianças vivem em famílias que recebem benefícios do governo, caso das 150 mil mães solteiras. Quarenta e dois por cento delas vivem com menos do mínimo. Daí, o governo completa com 192 euros por mês para cada criança. É o Hartziu, parecido com o nosso Bolsa Família. Tem mais 409 euros para a mãe solteira.

 

Outro detalhe sobre a pobreza na rica Berlim. Idosos: 10% deles, em Berlim, recebem ajuda residencial e também de saúde para sobreviverem. E acabam de ganhar um presente. Chamado de grego. Precisam trabalhar mais seis anos para se aposentar.

 

Então, tá. Amanhã a gente volta com mais uma de Berlim? Adianto. É sobre a vida dos cachorros.

 


Inté a axé.

 

 

Trocando em Miúdo: Quadro do programa "Em Conta", da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda a sexta-feira, pela Radioagência Nacional. Acesse aqui as edições anteriores.

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