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Economia

Trocando em Miúdo: Entenda como é formado o preço do gás de cozinha

Trocando em Miúdo
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Apresentação Eduardo Mamcasz
24/01/2018 - 02:33
Brasília

Olá, prezada pessoa ouvinte cidadã.

 

Como você já sabe, a Petrobras mudou a política de reajustes do preço do gás de cozinha. A variação deixou de ser mensal, a que vinha sendo seguida desde junho do ano passado. Até porque, entre os anos 2007 e 2014, não teve reajuste nenhum no preço do gás de cozinha. Ficou tudo congelado. 

 

De junho até hoje, o reajuste já foi de 54%. Palavra do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Outra coisa. Isso no caso do gás de cozinha. A partir de agora, o aumento no preço do gás vai ser uma vez a cada três meses e não mais mensal.

 

Agora, vamos aos cálculos do que interessa. Quanto eu tenho que desembolsar para ter um botijão de gás de cozinha? Se eu pegar lá na porta da refinaria, o que eu não posso fazer, só os caminhões registrados das distribuidoras. Voltando aos cálculos. Se eu pegasse o botijão lá na refinaria, ia pagar, hoje, R$ 23,16. Agora, por exemplo, seu pegar na distribuidora na esquina de casa, em Erechim, Rio Grande do Sul, vou pagar, anote aí, R$ 84 reais. Uma diferença, neste caso, de R$ 60. Isto mesmo.

 

Bom. Então vamos para os cálculos. Lápis na orelha e papel na mão. No preço final do botijão de gás, a gente paga, para começo de conversa, 16% de ICMS – Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços e outros 3% de PIS/Pasep/Cofins. Agora, vamos para a distribuição do dinheiro pago por você na compra de um botijão de gás de cozinha, seja o preço que for. Até porque o revendedor é livre para cobrar o preço que quiser. Escutou isso?

 

Então, aos cálculos finais. A divisão do dinheiro na venda de um botijão de gás fica assim distribuída: 45%, quase a metade, para as distribuidoras e revendedoras; 19% dos impostos; e 36% da Petrobras. Com isso, fecha a conta, não sobra mais nada. Nem para um desconto, né?

 

Rapidinho. A partir de agora, vai ser a cada três meses. Sempre dependendo do preço do gás lá fora, no estrangeiro, como acontece com a gasolina e o óleo diesel.

 

Só tem uma regra que continua. Se a alta ou a queda do preço superar 10%, nos três meses, o repasse nas refinarias terá de ser autorizado pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços da Petrobras, formado pelo presidente da empresa e mais quatro diretores.

 


Então tá. Inté e axé.

 

 

Trocando em Miúdo: Quadro do programa "Em Conta", da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda a sexta-feira, pela Radioagência Nacional. Acesse aqui as edições anteriores.

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