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Economia

Trocando em Miúdo: Você sabe o que acontece quando um país tem sua nota de risco rebaixada?

Trocando em Miúdo
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Apresentação Eduardo Mamcasz
16/01/2018 - 02:00
Brasília

Olá prezada pessoa ouvinte cidadã.

 

A prosa de hoje foi anunciada na semana passada, que é a nota de risco rebaixando, mais uma vez, o Brasil junto com grandes empresas e bancos. Mas a gente leva esta prosa hoje porque muitos ouvintes dizem que não entendem bem este negócio de nota de risco dada, aliás, por três empresas estrangeiras. Rating.  Vamos nessa.

 

Começando então pela Standard&Poors,a empresa que rebaixou a nota de risco do Brasil três pontos abaixo do que poderia ser chamado de país bom para investir dinheiro aqui. Só para se ter uma idéia do que isto significa, se Brasil baixar mais duas notas, passaria a ser classificado de país caloteiro. Aliás, o Brasil já deu calote no pagamento de sua dívida externa algumas vezes. A última foi no governo do ex-presidente José Sarney.

 

Antes de mais detalhes deste rebaixamento da nota de risco Brasil pela Standard&Poors, essa empresa, em agosto do ano passado, já havia dado o recado que poderia decretar o rebaixamento da nossa nota caso não cumprisse o seguinte, o jeito como ficou escrito.

 

Bom. Quer dizer que alguma coisa não foi feita, a começar pela reforma da Previdência. Tanto que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no fim de dezembro passado. Fez uma teleconferência com representantes das três empresas internacionais que dão as notas de risco, pedindo que elas esperassem até fevereiro, quando a reforma pode ser votada no Congresso, antes de rebaixar nossa nota. Não adiantou.A Standard rebaixou. As outras duas, estão esperando. São a Fitch e a Moody’s. 

 

Agora, o principal. O que acontece com o rebaixamento da nota de risco, ou rating? Simples. O país, no caso nosso Brasil, ou seja, tem que pagar mais para quem quiser emprestar para a gente. Pior ainda é quando a nota cai de bom para investimento para sujeita a risco, com possibilidade ou não de rebaixamento. Neste caso, os grandes fundos de pensão são proibidos, por lei, de aplicar dinheiro aqui.

 

Duas coisas, rapidinho. Uma. Se lembra da advertência de agosto? Uma delas foi a de que o governo brasileiro precisa conter as despesas publicas. Para efeito de risco, não adianta ter autorização do Congresso para o déficit de 159 bilhões de reais, inclusive neste ano. É o tanto que o Brasil, no orçamento, gasta a mais do que arrecada, apesar deste montante passar dos dois trilhões de reais.

 

Fechando a prosa. E a dívida externa? Pelo menos neste ponto, o Brasil tem o chamado Fundo Soberano. Passa dos 300 milhões de dólares. Em caso de calote, por causa de quebra, este Fundo garante o pagamento da dívida. Ah, mais uma coisa. O rebaixamento da nota de risco vale também para os grandes bancos e empresas nacionais.

 

Então, tá.
Inté axé.

 

Trocando em Miúdo: Quadro do programa Em Conta, da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda asexta-feira, pela Radioagência Nacional.

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