Lojas especializadas em chocolates já apresentam filas de clientes no Rio de Janeiro à procura de um dos itens mais tradicionais do período.
No entanto, tem muita gente que está deixando o ovo de lado e apostando nas barras e caixas de bombons, que estão com preços mais atrativos.
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro da Economia da FGV, Fundação Getúlio Vargas indicou que esses itens estão realmente mais baratos este ano, com uma queda de 10,5%. O preço dos ovos de páscoa não figuram na pesquisa.
A vendedora Prisicla Macedo confirma esses dados.
Depois de três anos desempregada, a secretária Ana Maria, que conseguiu uma recolocação recentemente, também disse que vai ter que deixar o ovo de lado nos presentes para as crianças.
A consultora de negócios Simone Carvalho pretende esperar mais um pouco para comprar.
A pesquisa da FGV também apontou que a cesta de Páscoa registrou um aumento de 2,61%, nos produtos da ceia este ano, em comparação com o ano passado. No entanto, a taxa ainda está abaixo da inflação acumulada entre abril de 2017 e março deste ano, pelo IPC-10 da FGV, que foi de 2,87%.
De acordo com a pesquisa, os alimentos que tiveram maior alta foram a batata-inglesa (16%), a sardinha em conserva (11,82%) e o atum (5,74%). Mas os principais itens do almoço, o bacalhau e o azeite apresentaram queda em seus preços, o que pode aliviar as despesas com a ceia.
O economista André Braz, coordenador do IPC do FGV , recomenda que os consumidores pesquisem dentro de cada categoria de produtos. E pra quem vai deixar as compras pra última hora, o especialista orienta ficar atento ao preço do pescado fresco, que ficou 4,79% mais caro.
Os consumidores também podem aproveitar a queda nos preços da couve, de 16%, dos ovos de galinha, que caiu 2%, e da azeitona em conserva, que registrou queda de 1,65%.
