O Distrito Federal recebeu apenas nesta segunda-feira (28) de manhã mais de 400 mil litros de combustíveis, sendo 311 mil de gasolina, 60 mil de diesel, 30 mil de álcool e 5 mil litros de gás de cozinha.
Mesmo assim, as filas nos postos continuaram longas. Muitos motoristas perderam parte do dia de trabalho para conseguir um pouco de gasolina. Em muitos estabelecimentos havia limite por carro. Em um posto da 214 Sul, os consumidores podiam abastecer até 40 litros.
Devido a baixa oferta, os preços dos combustíveis aumentaram. Na maioria dos estabelecimentos, a gasolina foi vendida a quase cinco reais e o diesel a quatro. O taxista Rufino Lopes, que esperou mais de uma hora em uma fila na Asa Sul, abasteceu apenas R$ 50 por causa do alto preço da gasolina.
Para pressionar pela queda do preço dos combustíveis, motoristas de transporte escolar e motoboys realizaram, desde as primeiras horas da manhã, uma manifestação em frente à distribuidora da Petrobras, no SIA. A líder do movimento, Eudenice Nascimento, explicou o que a categoria reivindica.
Nesta segunda-feira (28), poucos caminhões conseguiram chegar a Ceasa, por isso 65% dos produtos estavam em falta. Foi difícil encontrar vários itens, como explica o Chefe de estatística da Ceasa, Fenando Nogueira.
A baixa oferta de frutas, verduras e legumes elevou os preços de vários produtos na Ceasa. A caixa de 20 quilos do tomate saiu por R$ 120. O saco de 50 quilos da batata-inglesa estava custando R$ 300. Já 20 quilos de cebola saíram por R$ 70. Todos esses produtos eram vendidos, antes, por menos da metade desses valores, mas a tendência é que os preços continuem altos até que o abastecimento dos combustíveis e a oferta de alimentos se normalizem. O Procon orienta o consumidor a denunciar os abusos.
