Governo federal quer fazer cerca de 40 concessões na área de infraestrutura em 2020
O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, confirmou que o governo pretende fazer entre 40 e 44 leilões no ano que vem, para conceder à iniciativa privada a administração de ativos como portos, aeroportos e rodovias.
Ele evitou destacar quais os projetos prioritários, mas adiantou que a próxima rodada de aeroportos incluirá 22 terminais, como Manaus, Goiânia e Curitiba. Já Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, só devem ser licitados no final de 2021 ou início de 2022.
“É uma meta bastante ousada, mas possível. Nós estamos caminhando bem com nossos cronogramas, vários projetos já estão em fase final de circulação, muitos indo para consulta pública. A gente vai ver que em janeiro vamos publicar uma série de consultas públicas, e na sequência encaminhar projetos para o Tribunal de Contas da União. Outros nós já encerramos a fase de consulta, em breve teremos uma série de editais publicados”.
O ministro também destacou que, além de concessões, o governo também pretende fazer desestatizações, privatizando, por exemplo, algumas companhias docas, de administração portuária.
“Estamos começando no Espírito Santo. Tem um porto interessante, muito propício para terminais de líquidos, minérios, celulose, servida por ferrovia e rodovia, tenho certeza que será um case de sucesso. E na sequência queremos fazer a desestatização de Santos, conjugada ou não com São Sebastião, vamos ver o modelo que gera o maior valor”.
As declarações do ministro foram dadas no Rio de Janeiro nesta terça-feira, durante sua participação na abertura da 2ª Conferência Internacional do Centro Brasileiro de Relações Internacionais.
Ele afirmou também que o Brasil vive seu melhor momento para os projetos de infraestrutura, porque conseguiu resolver uma série de preocupações que afetavam a disposição dos investidores, como os encargos trabalhistas e o excesso de judicialização.